05 maio 2011

Qual a velocidade da sua Internet?

Com certeza você já ouvi falar nas várias "velocidades de Internet", cansou de ver diversos provedores de banda larga oferecendo acesso à internet nas velocidades de 1 Mega, 2 Megas, 10 Megas e por aí em diante... Mas o que realmente significa isso em termos de velocidade e como comprovar?

Qual a medida do "Mega"?

É sabido que, na informática, o bit é a menor unidade de medida e nele só é possível colocar um dado, ou 0 ou 1.  Se é só 0 ou 1 como eu envio a letra "A" maiúscula em 1 bit? Simples, você não transfere uma letra em um único bit, você utiliza uma sequência de bits que a representem. O mínimo necessário para se ter a menor informação possível é 1 byte (que equivale a 8 bits), ou seja, com 1 byte é possível transferir uma sequência de 8 números binários que representem uma única letra, um único número ou um único caracter especial (conforme a tabela ASCII). Então, para enviar a letra "A" maíscula, você irá precisar enviar os 8 bits nessa sequência: 01000001 (confira a tabela ASCII para outros exemplos).

IMPORTANTE: Antes de começar é bom esclarecer a unidade de medida que estamos trabalhando. Quando os anunciantes dizem Mega, se referem a taxa de download em Megabits por segundo (Mbps), que é muito diferente de dizer Megabytes por segundo (MBps). Então vemos que Mbps é diferente de MBps pois o "b" minúsculo é referente a unidade de bits e o "B" maiúsculo é referente a unidade de bytes.

Segue então uma simples tabelinha:

1 bit é a menor unidade (Contém ou 0 ou 1)
1 byte equivale a 8 bits (Contém 1 caracter)
1 Kb equivale a 1024 bits (Contém 128 caracteres)
1 KB equivale a 8192 bits (Contém 1024 caracteres)
1 Mb equivale a 1.048.576 de bits (Contém 131.072 caracteres)
1 MB equivale a 8.388.608 de bits (Contém +1 mi de caracteres)

As operadodas de banda larga constumam se referir a velocidades de transmissão/recepção de dados utilizando a escala em bits. Não que elas estejam erradas, ou exista alguma regra impedindo de informar que você possui uma internet com velocidade para download de 0,25 MBps (equivalente a 2 Megas*), mas elas acabaram adotando isso como padrão. Já pensou se cada empresa tivesse sua forma de anunciar a mesma velocidade em medidas diferentes? Ficaríamos perdidos!
*Megas: Conforme já explicado anteriormente, faz referência a unidade de Megabits por segundo (Mbps)

Velocidades inferiores a 1 Mega, ex.: 600k, são dadas em Kilobits por segundo (kbps).

Velocidade do "Mega" em relação ao seu download

Você já reparou, ao baixar um arquivo qualquer da internet, a taxa de transferência de seu download? Essa velocidade ora pode ser expressa em KB/s (Kilobytes por segundo) ora pode ser expressa em Kbps (Kilobits por segundo). Então fique atento ao "B" ou "b". Por meio dessa velocidade você pode até deduzir qual o plano de internet que você está utilizando na sua casa.

Figura 01: Taxa de transferência realçada em amarelo, expressa em Kilobytes por segundo.
Eu disse DEDUZIR, não afirmar! Essa velocidade depende de vários fatores, ex.: da velocidade do servidor que está disponibilizando o arquivo, da distância desse servidor, do caminho* que você percorreu virtualmente até chegar nesse servidor, se há algum "limitador de velocidade"** na sua rede e uma infinidade de outros fatores. Mas em linhas gerais, para um plano de 3 Megas espera-se downloads em até 384 KB/s. Para que você consiga atingir essa velocidade máxima em uma única conexão, todos os fatores deverão conspirar à seu favor. Mas eu tenho 3 Megas e consigo velocidades superiores a 384 KB/s, é um milagre? Não, algumas operadoras, para compensar um sinal de banda larga ruim devido a sua localidade, acabam fornecendo uma velocidade um pouco superior àquela que foi contratada por você.
*Esse caminho não é definido por você, mas por vários hardware's dedicados que encaminham sua requisição de servidor para servidor até seu destino (tanto ida quanto volta).
**Conhecido como Traffic Shaping

Caso não queira calcular para converter as unidades, você pode consultar o "pai dos burros", o Dicionário? Claro que não! Hoje o "pai dos burros" é o Google. Basta digitar na caixa de pesquisa "3 Mb in KB" e terá a mágica resposta "3 megabits = 384 kilobytes". Segundo a figura 01, a taxa de transferência é de 301KB/s, logo podemos calcular o inverso que é 2,35 Mbps (301 KB = 2.3515625 Mb). Dessa maneira, por aproximação, podemos deduzir que trata-se de uma internet de pelo menos 3 Megas pois, no mercado brasileiro, o próximo plano depois de 2 Megas é 3 Megas, não há um intermediário de 2,35 Megas.

Testadores online de velocidade

Um outro meio simples de testar a velocidade de sua conexão, são os sites que realizam testes de velocidade na sua conexão. Dentre eles destaco com louvor o http://www.speedtest.net, que busca pelo servidor mais próximo de você para realizar uma medição mais fiel. Antes de realizar o teste, tenha a certeza de ter fechado todo e qualquer programa que faz uso da internet, e se você possui outros computadores conectados em sua rede, desconecte-os para ter uma medição mais precisa.

Medidor online do SpeedTest.net

04 maio 2011

Tudo o que você PRECISA saber sobre sua rede wireless

 
IEEE 802.11g, IEEE 802.11n, WEP, WPA, Wi-Fi, Broadcast do SSID... Se você não não entendeu nada disso e tem, ou pretende ter, uma rede sem fio em casa, esse post é para você!

O primeiro passo a tomar quando se deseja montar uma rede local sem fio em sua casa, isto é, uma WLAN (Wireless Local Area Network), é definir qual o padrão que será utilizado. Mas que padrão é esse? Um dos padrões IEEE. A classificação adotada para rede de dados sem fio é aderente à calssificação do órgão de padronização IEEE 802 (lê-se: i três e, Institute of Eletrical and Eletronic Engineers) onde o número 802 faz referência a norma IEEE que padroniza as diversas redes locais e metropolitanas (com ou sem fio).

Padrões A, B, G e o novíssimo N
O IEEE 802.11 versa especificamente sobre a padronização de uma WLAN (como dito anteriormente, uma rede local sem fio). O padrão IEEE 802.11 ainda se subdivide em várias outras letrinhas que tratam as várias especificidades de uma WLAN. Os mais conhecidos e exploradas pelo comércio são os padrões IEEE 802.11a, IEEE 802.11b, IEEE 802.11g e IEEE 802.11n. Os padrões A e B, respectivamente 802.11a e 802.11b, foram um dos primeiros a surgirem, e hoje pouco utilizado. O padrão mais utilizado é o G (IEEE 802.11g), possui uma taxa de transferência de até 54Mbps e utiliza a frequência de 2,4GHz. O padrão N (IEEE 802.11n) é o mais novo, possui uma taxa de transferência de 54Mbps até 600Mbps e faz uso das frequências 2,4GHz ou 5GHz.

Curiosidade: Wi-Fi é uma marca registrada da Wi-Fi Alliance, que é utilizada por dispositivos WLAN baseados no padrão IEEE 802.11. Por causa do relacionamento íntimo com seu padrão, o termo Wi-Fi acabou sendo utilizado como sinônimo para a tecnologia IEEE 802.11(a/b/g/n). Mais sobre Wi-Fi...

Legal, então vou logo comprar o padrão N lá para casa! Não é bem assim. Antes é necessário certificar-se de que ao menos um dispositivo wireless (impressora, celular, notebook, tablet...) de sua casa suporte o padrão N. Caso contrário, ainda que o padrão N suporte o padrão G, você estará jogando dinheiro no lixo! O padrão N ainda é caro e a maioria dos notebooks, celulares de demais dispositivos wireless estão preparados apenas para operar no padrão G.

O padrão N vai deixar meu acesso à internet mais rápido que o G? Não, a menos que você pague por um plano de internet superior a 54Mbps. Como a maioria dos planos domésticos, e até mesmo para algumas empresas, não passam de 15Mbps, é algo com o que você não tenha o que se preocupar. Essa taxa de transferência acaba sendo mais utilizada para transferência de dados entre os dispositivos na rede sem fio de sua própria casa. Pergunte-se: Para que você precisa de tanta velocidade assim para transferir um vídeo de um computador para outro? Ou pior, documentos e fotos de um celular para um computador? São atividades tão instantêneas que dispensam exageros.

Por outro lado o padrão N pode operar na frequência de 5GHz, que o torna quase "imune" a interferências, porém, para que sua WLAN funcione a 5GHz, TODOS os dispositivos wireless (celular, notebook, tablet entre outros) devem ser certificados no padrão IEEE 802.11n. Caso contrário, se houver um único dispositivo que opere somente no padrão G, irá tornar sua WLAN padrão N no padrão G a 2,4GHz. Mas no momento que esse dispositivo G for desligado (ou desconectado) você estará operando a 5GHz pelo padrão N. Lembrando que esse processo pode não ser automático, irá depender do roteador wireless que você comprou.

Escolhendo a melhor criptografia


Agora que você comprou seu roteador wireless de acordo com sua necessidade, vamos a parte de configurações de segurança da sua rede sem fio. Para que os dados de sua WLAN, que trafegam agora pelo ar, não ficassem legíveis a qualquer outra pessoa de fora, surgiu a necessidade da criptografia. A primera tecnologia de criptografia para WLAN foi a WEP (Wired Equivalent Privacy), que hoje se mostra ser bastante insegura, passível de "quebra" e infelizmente presente em dispositivos antigos e alguns celulares baratos. Logo mais tarde surgiu o WPA (um WEP melhorado) e em seguida o WPA2 (um WPA bem melhorado). O WPA2 acabou se tornando um padrão IEEE, o 802.11i e é considerado um dos mais seguros atualmente.

Infelizmente caímos no mesmo problema dos padrões. Para que o WPA2 funcione todos os dispositivos da sua WLAN precisam ser compatíveis ao padrão IEEE 802.11i, caso contrário, o dispositivo incompatível com a tecnologia WPA2 não irá conseguir se conectar na sua rede. Nesse caso você terá que diminuir sua segurança para WPA. E se o pior acontecer, ter um dispositivo tão velho a ponto de utilizar somente WEP, é melhor até deixar sua rede toda aberta, pois uma rede aberta desperta menos curiosidade (para alguém mal intencionado) que uma rede fechada com WEP.

Um toque a mais de segurança
O que os olhos não vêem, o roteador não sente!


Se você achou muito difícil e complicado até agora, pare de ler nesse instante pois vou complicar ainda mais. O que irei falar daqui para frente pode soar um pouco mais técnico, e dará também um pouco a mais de trabalho para administrar sua WLAN, mas é garantia de uma segurança bem mais sólida.

O primeiro toque é esconder o broadcast do SSID da sua WLAN. Hein? Broad o que? SSID? Em linhas gerais um broadcast é uma transmissão, difusão, de uma informação para quantos receptores estiverem disponíveis para receber a informação. Já o SSID (Service Set Identifier) é o nome que você atribuiu a sua WLAN no momento em que configurava seu roteador sem fio, é o nome que você clica para se conectar através de seu notebook ou outro dispositivo wireless.

Exemplo de uma lista gerada pelo do broadcast de vários de SSID's no Windows XP

Então, em nosso caso, é esconder o nome de sua WLAN, assim ela não irá aparecer na lista das redes wireless disponíveis para conexão. Essa é uma configuração que você realiza em seu roteador sem fio (caso ele apresente esse recurso). Assim, o camarada mal intencionado nem irá saber que ali existe uma rede para tentar invadir. O único empecilho é que nem seus dispositivos wireless irão saber que sua rede está ali. Nesse caso você terá que adicionar a sua rede manualemnte no dispositivo, informando corretamente seu SSID e marcar a opção: "Conectar mesmo que não ocorra difusão da rede" ou coisa parecida. Como existem vários tipos de dispositivos wireless no mundo, não tenho como informar aqui um passo a passo de como configurar cada um deles.


E para completar, a cereja do bolo! Limitar o acesso por MAC Address. Tá de sacanagem? É mais um sanduíche do McDonald's? -Por favor, um MAC Address com cobertura IPv6.

Sem entrar em detalhes, MAC Address (ou Endereço MAC) é um número hexadecimal que identifica fisicamente uma placa de rede de algum dispositivo (com/sem fio). Assim você poderá criar no seu roteador (depende dele prover este recurso) uma lista de quais MAC Address poderão ter acesso a sua WLAN, travando ainda mais a segurança.

DICA: Como ver o MAC Address do meu notebook? No caso do Windows, vá em Iniciar/Executar e digite CMD. Ao abrir a tela preta digite IPCONFIG/ALL. Procure pela linha ENDEREÇO FÍSICO dentro do ADAPTADOR DE REDE SEM FIO (ou parecido), pois lembre-se, seu notebook poderá ter mais de uma placa de rede (com fio e sem fio) e procuramos pela placa wireless.




Se você conseguiu colocar em prática todas essas dicas, parabéns, pode dormir sossegado com sua nova WLAN protegida. Mas se não conseguiu, não tem problema, só de utilizar o WPA2 já ajuda muito. Agora se nem isso você entendeu é melhor não ter uma rede sem fio ou contratar alguém que entenda. Lembre-se que nenhuma invasão é impossível, mas com essas dicas, você chega muito perto disso.

03 maio 2011

As grandes mentiras da T.I.


Se você já ouviu isso em algum lugar, saiba que não está sozinho:
  • Estranho, na minha máquina funcionou sem problemas.
  • Pode deixar que eu já fiz isso milhares de vezes!
  • Essa alteração não vai afetar em nada.
  • Cara, ninguém mexeu no servidor.
  • Sim, tenho a documentação de toda a rede.
  • Não se preocupe, depois você desconta do seu banco de horas.
  • Olha, já fiz esse procedimento antes e não tive problemas.
  • Putz, não vou poder ficar mais tarde hoje porque tenho prova na faculdade.
  • Relaxa, isso é provisório.
  • Sim, já estou indo... mais 5 minutos e termino isso aqui!
  • Vou tirar férias final do ano, meu chefe já deu o OK.

02 maio 2011

Hotspot Wi-Fi


Uma comodidade perigosa. Muitos restaurantes, faculdades, bibliotecas, shoppings, hotéis e aeroportos tem oferecido a seus clientes a oportunidade de desfrutar um acesso livre à internet através de seu sistema de rede sem fio, conhecido como Wi-Fi, ou hotspot Wi-Fi, que se refere ao local que disponibiliza o sinal Wi-Fi. Ao se conectar em uma rede dessas esteja ciente que todo o seu tráfego poderá ser auditado pelo agente que disponibilizou esse serviço. Em outras palavras, todos os sites que você acessar poderá ser "visto" pelo dono do hotspot. Redobre sua vigilância quanto aos sites HTTPs (verifique sempre o certificado) e evite acessar sites sensíveis como os de banco e saúde. Se possível, como medida de segurança, também evite acessar qualquer outro site ou programa (que faz uso da internet) e exija que informe alguma senha, como: programas de mensagens instantâneas, e-mail's, fóruns entre outros.



Mas o risco não se resume ao acesso à internet. Muitos pontos de acessos permitem que todos os dispositivos que estão conectados àquela rede se "enxerguem" entre si. Nesse caso alguém, conectado na mesma rede Wi-Fi que você, poderia enxergar todos os documentos compartilhados por seu computador ou até tentar explorar alguma brecha de segurança para entrar em seu computador. Outro risco seria algum notebook contaminado conectado à rede, este iria disseminar o vírus a todos os outros demais dispositivos da mesma rede.

Qual a forma segura para se defender de todos esses possível ataques? Mais uma vez, utilizando o bom senso para nevegação e um bom programa de firewall para evitar invasões em seu computador. O próprio sistema operacional Windows (pelo menos a partir da versão XP) já vem com um firewall embutido, mas não é lá grandes coisas, de qualquer forma é melhor do que nada.

Informações sobre o: Firewall do Windows XP
Informações sobre o: Firewall do Windows 7

Se você não se contentar com o firewall do Windows, como eu, você poderá optar por utilizar um firewall de terceiros. Existem no mercado uma gama enorme de marcas e preços para esse software. Caso escolha a versão mais em conta, isto é, a grátis, não estará perdendo nada em qualidade e segurança, basta escolher o programa certo. Eu aconselho e gosto muito do firewall gratuito do grupo COMODO, que está entre os melhores aplicativos firewall para uso doméstico.

Tela do firewall da Comodo

29 abril 2011

A hora da atualização


Sexta-feira pede um post light...
Atualizações, muitas vezes esquecidas ou ignoradas porém de suma importância para sua imunidade online, e offline também. As atualizações são fornecidas gratuitamente pelos fabricantes, e, em sua grande maioria, são para correções de brechas de seguranças que de alguma forma ou de outra já foram exploradas por malfeitores de plantão. Lembre-se sempre de atualizar seu sistema operacional (ex.: Windows), seu programa antivírus, seu firewall, seu navegador de internet e também os demais softwares e jogos que fazem uso da internet.  Manter seu sistema operacional e seus programas com as versões mais recentes podem garantir uma "vida computacional" mais tranquila. Manter-se atualizado também é garantia de mais outros benefícios. Dentre as atualizações, existem àquelas destinadas a simplesmente melhorar o desempenho geral do programa e corrigir algumas falhas e erros conhecidos pelos programadores (bug's, o famoso "DE PAU!").

Tela de atualização do sistema operacional Windows 7
Em alguns softwares as atualizações não são possíveis automaticamente ao clicar de um botão "atualizar". Elas são disponibilizadas para download no site dos fabricantes através dos famosos Patch's (link em inglês) que são arquivos executáveis que iniciam o processo de atualização e/ou correção de erros. Em uma atualização do sistema operacional Windows, normalmente os drivers de dispositivos do próprio fabricante não são atualizados, o Windows acaba utilizando um driver genérico que não explora o máximo da capacidade/desempenho do dispositivo (ex.: placa de vídeo). Necesse caso é necessário entrar no site do fabricante do dispositvo e procurar pelo download da versão mais recente do referido driver.

Site para download dos drivers de dispositivos mais recentes das placas de vídeo da Nvidia